Jose Reinaldo de Lima (Reinaldo)
Salve, salve Massa Alvinegra!
Hoje vamos falar do nosso eterno Rei a lenda o mito o Reinaldo do Galo.
Mineiro de Ponte Nova, nascido em 11 de janeiro de 1957, José Reinaldo de Lima é filho de Mário e Maria Coeli, o sexto de oito irmãos, quatro mulheres e quatro homens. A família era humilde, mas os pais não deixavam faltar nada e eram presentes na vida dos filhos.
Aos 14 anos, Reinaldo jogava no Pontenovense. Em 7 de setembro de 1971, o juvenil do Atlético, comandado por Barbatana, esteve em Ponte Nova para um amistoso. Reinaldo não jogou porque estava participando do desfile de Independência como ciclista. Barbatana estava na cidade também com o interesse de levar um novo jogador para o Atlético. Foi quando soube de Reinaldo: um menino que era um fenômeno e o irmão queria que ele fosse jogar no Botafogo, mas era muito novo.
Barbatana assistiu a um jogo de Reinaldo e assim que o viu em campo percebeu que não podia esperar o garoto crescer para trazê-lo para o Atlético e foi logo conversar com os pais do garoto para autorizarem a vinda dele para BH.
"Desde pequeno eu infernizava a vida dos zagueiros e goleiros. Tinha o apelido de Kaburé e, quando me viram jogar, logo convenceram meus pais de que eu deveria vir para o Atlético." – Reinaldo
Chegando no Atlético após ser observado pelo técnico Barbatana e com apenas 16 anos, o adolescente já figurava na equipe profissional do clube. Sua estreia aconteceu no estádio do Mineirão, no dia 28 de Janeiro de 1973, na derrota de 2 a 1 para o Valério de Itabira/MG, cidade onde este humilde colunista nasceu. O primeiro gol não demorou a acontecer, e foi no empate por 2 a 2 contra a Caldense no dia 04 de fevereiro, dia de meu aniversário.
Foi com Paulo Isidoro que formou uma grande dupla no ataque alvinegro. Reinaldo já era considerado o rei da torcida atleticana. E rei que é rei não perde a majestade jamais. Estava no auge da carreira de jogador quando passou pela primeira cirurgia de um total de nove. Como era muito talentoso também sofreu com as agressões dos zagueiros adversários que sempre batiam no seu joelho. Aos poucos Reinaldo tentava resistir à dor para brilhar em campo ao som da torcida alvinegra:
“Rei, Rei, Rei! Reinaldo é nosso rei!” – Torcida Atleticana
E não decepcionava! Suas jogadas sempre impressionavam e deixavam os zagueiros sem reação diante dele, porque era impossível prever o que aquele garoto faria. Como o próprio Telê Santana falou em entrevista:
“E ele ia ficando cada vez mais habilidoso, ao longo dos anos. Com sua habilidade não sei se existiu algum... O único jeito de pará-lo, infelizmente era com a violência! E como ele foi caçado.” – Telê Santana (VIANNA, 1998: 42)
"Ele não é um Tostão mas pensa como ele; não é um Ademir da Guia, mas tem sua elegância; não é um Gérson, mas mostra a mesma categoria; não é um Dario, mas seus gols fazem a massa vibrar com a mesma intensidade. Reinaldo é Reinaldo." – Roberto Drumond
Em 1977, foi considerado o maior jogador de Minas Gerais. Reinaldo era a alegria dos atleticanos, o rei da “Massa”. O menino simples, que se inspirou em Pelé e Garrincha, saiu do interior de Minas e chegou à Seleção em 1978. Na época, Reinaldo fazia exercícios com um aparelho importado, mas durante a Copa diminuiu os exercícios e usava sempre uma faixa no joelho, a qual escondia até do colega de quarto. Jogou apenas três jogos pela Seleção e depois da Copa foi fazer nova cirurgia nos Estados Unidos.
Imaginem essa seleção: Joao Leite, Leandro, Luizinho, Oscar e Junior, Cerezo, Falcão, Socrates e Zico, Éder e Reinaldo.
Muitos falam que, se João Leite e Reinaldo tivessem ido à copa de 1982, com certeza, seríamos campeões naquela época. Saudades ficam pra quem viu. Eu vi pouco, mas vi.
Números do Rei
503 jogos – 266 gols
Saudações Alvinegras e até a próxima Massa !
Viva o Rei!!!
Esporadas neles Galo!!!
Foto: Retirada da Internet