Dia de São Vítor
Aos 30 dias do mês de maio de 2013, o Atlético Mineiro jogava a segunda partida válida pelas quartas-de-final da Copa Libertadores contra o mexicano Tijuana. A primeira partida, no México, o placar foi de 2 a 2 e, portanto, o "Galo" tinha tudo para passar de fase e seguir adiante na maior competição continental, em busca de seu primeiro título inédito.
Entretanto, o jogo de volta não seria fácil.
Passados 25 minutos da primeira etapa, o Tijuana abre o placar com o inesquecível Riascos, silenciando por tempo o Independência, também conhecido como Horto. 15 minutos depois, o zagueiro Réver empata. Esse resultado dava a classificação ao galo, mas muita coisa ainda podia acontecer.
Iniciou o segundo tempo e o Tijuana veio pra cima, buscando a vantagem no placar, que lhe daria a classificação. O tempo foi passando e o "Galo" também queria seu gol. Todavia, o jogo caminhava pro seu fim.
Passados 40 minutos do segundo tempo, lá estávamos esperançosos e ao mesmo tempo apreensivos, visto que o Tijuana se apresentava muito tranquilo e bem na partida. Então, vieram os acréscimos. Foram os 4 minutos mais apreensivos de nossas vidas e, nos exatos 45 minutos e 55 segundos, veio o que ninguém ali esperava.
Pênalti – cometido por Leonardo Silva em Aguilar (jogador do Tijuana) e cobrado por Riascos aos 47 minutos e 58 segundos. Foram os piores 2 minutos e 3 segundos de nossas vidas.
Alguns falam de milagre, outros de pé santo. Prefiro pensar em destino, destino escrito por Deus. E o dono desse pé – Vítor – descreve situações vividas por ele em razão da idolatria do mais fanático atleticano.
"Já vi torcedores tatuando momento da defesa, tatuando meu autógrafo, a questão de dar meu nome a crianças, já vi de tudo. Mas houve uma situação que fiquei impressionado. Eu estava no aeroporto, daí o torcedor saiu do meio da multidão, se abaixou na minha frente e começou a abraçar o meu pé esquerdo. Sou um pouco tímido para esse tipo de situação, fiquei meio sem jeito, mas reconheço o carinho, 'essa idolatria'! Talvez não consiga dimensionar o tamanho que esse momento e essa defesa representaram para a história do clube, mas sei que foi algo importante e o torcedor reconhece isso, e reconhece também todo o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo de cinco anos aqui no Atlético, uma história de sucesso, vitórias e conquistas, minha e dos demais companheiros". - Vítor
Passados 5 anos, ainda vejo o vídeo por diversas vezes, por vários narradores. E, cada vez que vejo me emociono de maneira igual, olhos cheios de lágrimas e uma emoção de quem estava presente no dia do jogo, e não quis ver aquele pênalti. Me virei de costas, pra não ver a possível festa do time mexicano. Mas, segundos após o apito, vi algo acontecendo... todos se abraçando.
Um milagre chamado Vítorrrrrrrrrr!!!
Saudações Alvinegras!
Esporada neles Galo!
Arte Divulgação: Atlético