Galo é sufocado pelo Ferroviário, que sai na frente, mas alcança o empate e garante a classificação

O Ferroviário recebeu o Galo reserva no Castelão com seu destino praticamente traçado. No jogo de ida, encaminhamos nossa vaga na próxima fase da Copa do Brasil, ao vencer o adversário cearense por 4x0. Sendo assim, teríamos vida fácil esta noite, certo?! Errado.

A falta de entrosamento da equipe reserva era nítida e quem dera nosso único problema fosse esse. Vimos um time totalmente displicente, possibilitando chegadas perigosas do Ferroviário. O Atlético apenas assistiu ao seu adversário jogando futebol e não é exagero dizer que é absurdo que isso tenha acontecido. Estamos falando de um time de série D e, respeito à parte, é inadmissível que o Galo tenha sofrido ao encará-lo. A sensação era de que o gol do time cearense sairia a qualquer momento e foi o que aconteceu.

Aos 24, o Ferroviário saiu na frente. Esquerdinha recebeu da direita e guardou na Arena Castelão com uma certa colaboração de São Victor. Mais tarde, aos 37, Mazinho marcou o segundo de cabeça, após cobrança de escanteio pela esquerda. Dali pra frente foi um "Deus nos acuda". O Ferroviário acreditando numa virada histórica, o Galo se segurando lá atrás, também acreditando que o até então considerado impossível, poderia acontecer. Chegamos ao fim do primeiro tempo esperando que a etapa complementar nos trouxesse algumas alterações e com elas, tranquilidade. As alterações vieram, felizmente. Larghi optou por substituir Felipe Santana (que nem mesmo deveria ter entrado) por Gabriel e Thomás Andrade por Luan.

Com as mudanças, veio também um Galo menos acuado, o que diminuiu o ímpeto do Ferroviário. O desespero já não era tão nítido e nós passamos a fazer um jogo de igual para igual. Quanto ao placar, foi Róger Guedes quem diminuiu, aos 6 minutos, marcando um golaço.

Apesar de suas atitudes recentes, sabemos que ninguém desaprende a jogar bola. Espero que todas as boas línguas que o reprovam - com razão - sejam queimadas caso diretoria e comissão técnica insistam em mantê-lo no plantel, o que ainda não tenho certeza que seja o correto a se fazer.

Após o gol atleticano, o Ferrinho pareceu desacreditar da virada, mas seguiu tentando se manter à frente no placar, sem sucesso. Gustavo Blanco recebeu de Alerrandro, aos 28, e marcou o segundo do Galo, empatando o jogo no Castelão. Mesmo sendo o responsável pelo empate, foi substituído aos 30 minutos, por Yago. Nos minutos finais, o Galo seguiu no ataque, buscando a virada. Aos 43, teve um gol anulado. Alerrandro marcou, mas estava em impedimento.

Com dois gols para cada lado chegamos ao fim do jogo com a classificação. Mesmo tendo feito um primeiro tempo assustadoramente ruim, o Galo conseguiu recuperar na etapa final e avançou na Copa do Brasil e garantiu também uma boa premiação por chegar às oitavas.

Vale destacar o quanto a presença de Luan em campo muda totalmente a cara do time. Não é à toa que a mudança de comportamento do time tenha vindo acompanhada do baixinho mais maluco que já vestiu o manto sagrado.

Nunca é demais dizer um obriGALO, Luan! Você é um de nós.

Galo classificado e o sorteio para definir nosso próximo adversário pela Copa do Brasil acontece sexta-feira, na sede da CBF. Apesar da classificação, nossas preocupações para a temporada continuam as mesmas. Elenco limitado, diretoria omissa e um bom treinador que nem mesmo foi efetivado. Resumindo: falta de maturidade em todos os setores. Nunca é demais reiterar os problemas existentes, até porque, o primeiro passo para acertar é admitir os erros. O nosso próximo compromisso é no domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Recebemos o Vitória, no Independência, às 16 horas e o mínimo que se espera é a nossa primeira vitória no Brasileirão. Que venha!

Esporada neles, Galo!