"E os urubus continuam passeando a tarde inteira entre os girassóis!”
A mídia brasileira ainda não “descobriu" a notável popularização do futebol americano, principalmente em Minas Gerais, onde infelizmente pouco se escreve ou se sabe a respeito do esporte. Em outros centros como Pernambuco, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo já temos um início promissor em termos de investimentos e maior participação do público nos jogos. Em 2018, pela primeira vez, o Clube Atlético Mineiro é representado no Campeonato Mineiro e no Brasileiro. E não é um time qualquer. Na última ação de Bebeto de Freitas, o Sada Eagles passou a representar o Galo no jogo da bola oval e é o atual campeão Brasileiro e Mineiro (de forma invicta). Algumas pessoas e empresas, simplesmente se afastam do esporte por não conhecê-lo ou por simples preconceito. Já outras, as vezes criticam essa parceria do Clube Atlético Mineiro, sem ao menos tentar entender ou atentar para alguns aspectos importantes. O Clube Atlético Mineiro, não tem nenhum gasto com o Futebol Americano. O Galo FA tem sua própria diretoria e seus próprios profissionais. Não há um centavo de investimento no Futebol Americano por parte do Clube Atlético Mineiro. Essas opiniões e reações de algumas pessoas, frente ao Galo FA, é exatamente o mesmo que aconteceu quando o saudoso Bebeto de Freitas (ele mesmo), idealizou a parceria CAM com a Pax de Minas, que montou o time que mais tarde viria a ser Campeão Mundial. Portanto, com o Futebol Americano, o Clube Atlético Mineiro terá visibilidade - ainda mais com o grande time que está sendo montado pelo Galo FA - além de marcar presença no crescente mercado de futebol americano. Mercado? Sim. Para se ter idéia, a Formula 1 tem contratos de patrocínio em torno de U$ 80 Milhões, o mesmo para patrocinador master da Champions League. Na NFL, a temporada completa, incluindo playoffs e o superbowl, chega a U$ 7 bilhões só de patrocínio. No ano de 2015 a Global Web Index and Statistcs realizou uma pesquisa que apontava que o público aficionado pelo esporte da bola oval, no Brasil, era de quase 20 milhões de pessoas e em franco crescimento. Em 2016, o Ministério do Esporte perguntou aos seus seguidores no Facebook, que tem mais de 300 mil curtidas, qual era o esporte do verão. Vitória do futebol americano. Só para se ter ideia, o futebol americano cresce tanto no Brasil, que nos últimos 3 anos, a audiência da ESPN para a transmissão dos jogos da NFL cresceu em mais de 300%. Hoje, o Brasil é o terceiro maior mercado de futebol americano, no mundo. Perde apenas para EUA e México. Está a frente da Austrália e até do Canadá, onde a liga de lá é como se fosse uma espécie de segunda divisão da NFL. A NFL já se atentou a esse interesse do público nacional e em pesquisa própria levantaram que o ticket médio do fã brasileiro, pode chegar para algo em torno de U$ 0,90 em 2018. Em números gerais, são valores na casa dos U$ 18 milhões anuais. E isso sem investimentos que temos, por exemplo, no volei. Parece mesmo que quem ainda não percebeu o tamanho desse público é a mídia e as empresas de Minas Gerais. Para aqueles que buscam um mercado em crescimento para investir em marketing esportivo ou solidificar sua marca, a hora é essa. Em contraponto à imprensa e investidores, as equipes de Minas Gerais, a Federação Mineira e todos os envolvidos na organização do futebol americano, saíram na frente em matéria de organização do esporte. Cabe agora a iniciativa privada, governos municipais e estadual, aos jornalistas e principalmente veículos de comunicação, se atentarem para esse mercado gigantesco que é o futebol americano. A ESPN enxergou isso e insistiu com as transmissões até conseguir um público cativo no Brasil, que rende a ela uma boa cota de anunciantes nacionais e estrangeiros a cada transmissão. Por último e não menos importante, o número de escolinhas de futebol americano, vem crescendo vertiginosamente no Brasil. Equipes de futebol tradicional, como Flamengo, Vasco, Palmeiras entre outros, estão investindo em equipes próprias. Apesar de alguns tentarem apresentar argumentos contra, por puro preconceito ou chatice mesmo, o futebol americano fincou raízes fortes em solo brasileiro. É hora de apoiar a Instituição Clube Atlético Mineiro no Futebol Americano e deixar de mi mi mi, Forte abraço a todos e "dos cegos do castelo me despeço e vou!”. #AquiEGalo #Espora13 #GaloFA #EsporadaNelesGalo #TacleNelesGalo #QuandoTaValendoTaValendo
Foto: Bruno Cantini/Atlético
1 citação da música Betty Frígida © Warner/Chappell Music, Inc (Compositores: Antonio Fortuna / Evandro Mesquita / Patricia Travassos / Ricardo Barreto) do grupo Blitz - Álbum Radioatividade 1983 2 citação da música Os cegos do castelo © Warner/Chappell Music, Inc (Compositores: Jose Fernando Gomes Dos Reis / Nando Reis) do grupo Titãs - Álbum Acústico MTV 1997