Com que time eu vou, pro jogo que você me convidou?
Todos nós sabemos que o Atlético é uma nação, e com tal tem sua própria religião e sua própria cultura. E refletindo sobre nossa identidade cultural, parafraseando com um dos maiores clássicos do nosso MPB, me permito usá-lo como base para questionar, analisar e criticar o atual momento Galo. Com que roupa, ou melhor com que time eu vou!
O ano de 2018 no futebol definitivamente começou e nos convida para muitas competições, consequentemente muitos jogos. Temos pela frente as fases finais do Mineiro, Copa do Brasil, Copa Sul-americana e o Campeonato Brasileiro. Mas para tal, precisamos entender como estaremos para estes compromissos. Algo que insiste em me preocupar. Falta ao nosso time uma definição! Começando pelo comando.
Falta a nossa diretoria efetivar de fato Larghi ou outro técnico que seja, confesso que prefiro a primeira opção. Sou a favor por entender que, mesmo com todos os obstáculos e limitações que vem enfrentando para realizar seu trabalho. Depois de Levir, é o primeiro treinador que consegue dar uma identidade ao nosso time. Gostem ou não do estilo, mas ao menos hoje sabemos como iremos jogar. Algo que nem renomados como Roger Machado e Marcelo Oliveira técnicos badalados, ao menos eram quando chegaram a Cidade do Galo, conseguiram.
Reconheço que o time ainda está longe do ideal, mas para chegarmos lá, temos exatamente que tomar esta decisão. Com que time vamos? Temos que reforça nosso elenco para que nosso comandante após efetivado tenha condições de trabalhar e definitivamente ser cobrado pelo seu desempenho.
Vejo na copa do Brasil a maior chance de um ano vitorioso, nossos maiores adversários que podem dificultar a competição estão disputando a Libertadores, algo que por incompetência nossa não conseguimos ser convidado este ano. Desta forma as atenções estariam dívidas. E mesmo a competição sendo compostas por outras equipes consideradas grandes, não me assusto. Afinal, o Galo é o Robin Hood do Futebol brasileiro ultimamente. Lembra 2014, Palmeiras, Corinthians, Flamengo. Eliminamos todos! Tivemos a sorte, e essa só veio pela nossa fé que, de fato é sobrenatural, que o único time pequeno que enfrentamos na copa daquele ano era um que sempre treme para nós e foi justo na final.
Não é fácil e de fato não será, mas já viu algo fácil para nós, para o Galo? O jogo de ontem contra o Figueira mostrou isso. A dificuldade que enfrentamos. Não quero criticar, ainda é cedo, não vou fazer terra arrasada, como já vejo alguns fazendo. Não agora! Um time em formação que carece de muitas mudanças ainda. Porém abençoado seja o Atleticano que tem um santo jogando pelo seu time e ontem mostrou mais uma vez, o que ô faz ser nosso Padroeiro.
Como dizia o poeta Noel Rosa, – Agora vou mudar minha conduta. Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar. Vou tratar você com a força bruta. Pra poder me reabilitar – e a reabilitação do Galo passa por reforçar nosso elenco, não cito nome de atletas por questões éticas, mas há no nosso elenco jogadores que já mostraram que não tem condições técnicas de vestir o manto sagrado. Precisamos de 2 laterais uma para cada lado do campo. O esquerdo para fazer sombra ao Fábio Santos. O direto para chegar e jogar! Um meia, não um volante, aliás já que toquei no assunto vale ressaltar o futebol mostro que Adilson vem jogando, parabéns Oswaldo! Um armador não precisa ser um R10, me contendo com um estilo Dátolo, e mais camisa 9, para ser reservar do nosso Pastor que até aqui gols não nós tem faltado, como diria o grande Eduardo Madeira.
Desta forma, com um elenco forte, um treinador com respaldo da nossa massa e principalmente da nossa diretoria algo que tem faltado nos últimos anos. Focado no objetivo. Temos condições sim de fazer um bom ano. E definitivamente ir pro samba, ou jogos que você 2018, nos convidou!
Esporada neles Galo!
Foto: Bruno Cantini/Atletico