O clássico mineiro ainda tem dono, o Galo!
Acordar cedo - ou nem dormir, fazer questão de não dar nem bom dia à cruzeirense e dedicar todo o domingo ao Galo é uma das missões de todo atleticano na Terra.
Com a expectativa de vencer mais um clássico, recebemos o nada temido "cabuloso" no Independência, às 11 da manhã.
No início da partida, nenhum dos dois times se propôs a atacar ansiosamente, mas isso logo mudou.
O Cruzeiro chegou com mais perigo à área do Galo em grande parte do primeiro tempo, mas não podemos deixar de ressaltar que o visitante estava amparado pelo senhor com o apito na boca. Alô, juízão! Desde quando meus rivais são feitos de açúcar?! São um tanto frescos, é verdade, mas nada que não aguente alguns solavancos comuns do futebol.
Já o Galo criou algumas oportunidades na etapa inicial, nada que oferecesse muito perigo, mas ao menos tivemos a expectativa de um segundo tempo melhor.
Veio a etapa complementar e com ela, o gol do Cruzeiro. Se tive uma certeza hoje é que a ausência de Fred não foi um ônus para o freguês, muito pelo contrário (e falando no ex-jogador em atividade, maria, pague sua dívida!).
Em contraste para o gol sofrido, tivemos uma expulsão do time celeste, o que nos deu uma vantagem numérica. Pena o Galo não ter se aproveitado disso.
Até se propôs a sufocar o Cruzeiro, mas nada tão objetivo quanto precisávamos.
Léo Silva chegou a tirar tinta do travessão em uma boa oportunidade, mas não foi às redes, algo raro para uma cabeça abençoada como a do Capita.
O 1x0 se manteve no placar, para nossa frustração, mas não foi o suficiente para nos fazer abaixar a crista.
Uma vitória do Cruzeiro no clássico de hoje não apaga o passado deste confronto (bem mais favorável à nós, diga-se de passagem) já que temos trinta e cinco triunfos a mais ao longo da história. Assim como o gol de Raniel não calou nossa voz, nem cessou o bater das palmas das nossas mãos. Nada que venha do Cruzeiro será capaz de nos atingir, de maneira nenhuma.
Você, meu amigo atleticano, sabe como é que funciona.
Seu manto não deixa seu corpo, assim como o meu.
Sua bandeira nunca é guardada no fundo da gaveta, assim como a minha.
Seu Galo nunca deixa o seu coração, assim como o meu.
Para nos recuperamos deste revés no campeonato mineiro, temos o meio de semana. O Uberlândia nos espera, quinta-feira, às 19:15.
E para nos recuperamos dessa derrota para o maior rival, o Cruzeiro nos espera. Sempre, por toda a eternidade, como bom freguês que é.
Esporada neles Galo!
Foto: Bruno Cantini/Atlético